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sábado, 2 de maio de 2009

Pero Coelho e a luta pela ocupação do Planalto da Ibiapaba

O Primeiro desbravador e empreender o processo de ocupação do planalto da Ibiapaba foi o capitão mor Pero Coelho de Sousa, o qual, conseguiu do então governador geral do Brasil, Diogo de Botelho, permissão para conquistar as terras situadas ao norte do país, até o Estado do Maranhão.
O objetivo da expedição comandada por Pero Coelho era expulsar os estrangeiros ou seja, os piratas Franceses que já se faziam presentes no Planalto da Ibiapaba desde 1590. Outro objetivo de Pero Coelho, era o de celebrar a paz com os índios da região. O que não foi possível, devido a influência flamenga, que atraiu a simpatia dos índios, tornando possível mobilizá-los para um confronto contra as tropas de Pero Coelho.
Assim sendo, em janeiro de 1604, Pero Coelho montou acampamento no sopé da Serra, na parte leste, a uma distância de cerca de dois quilômetros dos alojamentos por aproximadamente cinco mil indivíduos, entre eles, destacavam-se militares, índios validos, velhos, mulheres e crianças.
O relato histórico diz que, do lado de baixo, entrondeavam os mosteiros e de cima, os céus se enegreciam cruzadas de flechas. Mas que no período de seis meses, em que foram registradas baixas em ambas as partes, As tropas de Pero Coelho saíram vitoriosas. Mas seriam marcadas pela hostilidade, com a qual, trataram os áudios da região o que teria impossibilitado uma relação amistosa entre indígenas e colonizadores, bem como, a ocupação do território pelo capitão xxx Pero Coelho de Sousa, naquela ocasião.

A Catequização

Pero Coelho conseguiu expulsar os Franceses da região da Ibiapaba, mas falhou na missão de celebrar paz com os índios da região, dificultando assim, sua ocupação definitiva.
Mas foi com esta missão, a de estabelecer a concórdia entre os aborígenes do Planalto Ibiapabano e os colonizadores a serviço da real coroa Portuguesa, que no ano de 1607 veio para a região, os padres Francisco Pinto e Luis Figueiras, ambos representantes da companhia de Jesus, também conhecida como ordem religiosa dos jesuítas, cuja missão era empreender o processo de catequização dos índios nesta região.
Os padres Francisco Pinto e Luis Figueiredo tiveram uma recepção fraternal por parte dos principais chefes indígenas da região, especialmente Guarapariaçu, conhecido como “Diabo grande “ e Irapuã, chamado de “meu redondo”
Alem da boa recepção dispensada aos jesuítas , esses principais chefes, proporcionaram-lhes também, os meios de que esses religiosos necessitavam para a concretização dos seus ideais, ou seja, a missão catequizadora.
Mas é importante que se perceba que nem todas as tribos da região foram amistosas com os poderes encarregados de trazer o evangelho. Quando acreditavam que as tribos da região estavam definitivamente catequizadas, veio o imprevisto, o padre Francisco Pinto foi trucidado pelos índios da tribo dos Tucurujus, numa distância de apenas seis léguas da aldeia dos índios Tabajaras. O padre seguia destino rumo ao Estado do Maranhão. Durante quase meio século, a região da Ibiapaba ficaria sem a presença de missionários catequizadores. Quando por volta de 1660, vem para a região o padre Antonio Vieira, o qual mantinha estreito relacionamento com os índios tabajaras, sendo, portanto recebido com uma grande recepção. Por volta de junho do mesmo ano (1660), Padre Vieira retorna ao Maranhão, mas deixa os padres Pedro de Pedroso e Gonçalo de Veras na nova organização missionária da Região da Ibiapaba.

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